ANALOGIA DA LUZ
Esclarecimento:
O texto que segue não pretende ser uma análise teológica da palavra “luz” e seus usos (teológicos) na escritura, antes tem mais o caráter de pregação livre fazendo comparações entre os fenômenos ligados à luz e os aspectos semelhantes encontrados na vida cristã. Sua intenção também não é alegorizar demais a Bíblia, acreditamos e seguimos o quanto for possível a literalidade do texto bíblico.
I - Introdução: Deus é luz.
“E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado”.(1 João 1:5-7 RC). Deus é luz, puríssima luz, andar em trevas é andar longe de Deus. Quem está em trevas não pode estar em comunhão com Deus. “Se andarmos na luz”, colocar-se na luz é colocar-se a descoberto, é ser visto como se é. Na penumbra as coisas são informes aos olhos, as cores não existem, estar em trevas é estar oculto, e porque se manter oculto? Para que as deformidades não sejam vistas. Essas deformidades são os estigmas do pecado. O pecado é uma terrível doença contraída por nossos pais no Éden. A cura se processa em dois estágios: no primeiro estágio o doente se coloca na luz ou permite que a luz seja lançada sobre ele, os estigmas ficam evidentes e podem ser tratados, o segundo estágio é hemoterápico, isto é tratado pelo sangue, “o sangue de Jesus... nos purifica de todo pecado”. Logo, a exigência de Deus para que sejamos por Ele perdoados é andar na luz. A salvação é pela fé no sacrifício de Jesus, porém se a pessoa não aceitar essa mensagem e confessar-se pecador não alcança este perdão e a conseqüente salvação. O ato da salvação começa com o reconhecimento do pecador da sua própria condição através da ação do Espírito Santo em seu interior.
II - Luz e comunhão
Andar na luz traz salvação e produz comunhão, “se andarmos na luz... temos comunhão uns com os outros”, João não diz “teremos” ele diz “temos”, o processo (da comunhão e da salvação) é imediato. E o que é comunhão? Comunhão é “comum união”, união comum, união entre comuns, entre iguais. Nessa igualdade em comum o indivíduo some, só a luz maior permanece. “É necessário que ele cresça e que eu diminua”.(João 3:30 RC). Nesse processo de cura “Ele cresce e eu diminuo”, um novo ente é gerado em mim: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.(Gálatas 2:20 RA). E qual é o papel do filho de Deus nesse processo de cura? “Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo”, (João 1:9 RC). A “luz verdadeira” encobre qualquer outra luz. Porque as estrelas (além do sol é claro) não podem ser vistas de dia? Porque o sol está mais próximo de nós e a sua luz torna as luzes das estrelas invisíveis para nossos olhos. O sol é uma estrela de tamanho médio, não é a maior das estrelas, há outras maiores, porém aos nossos olhos é a maior das luzes. Quando estamos na luz de Deus nós sumimos, só ela aparece. As pessoas unem-se àquelas que têm algo em comum, os Cristãos têm algo em comum, eles estão na luz. O que faz a comunhão? A igualdade. Na luz não há maior ou menor, só a luz é notória, todos são iguais.
III - Arco-íris sagrado
Na decomposição da luz surge o arco-íris. Ele é o sinal da aliança de Deus com Noé. Jesus, ao ser batizado por João Batista no rio Jordão teve o Espírito Santo pousado sobre si em forma de uma pomba , sinal de pureza. A luz mais comum é branca. Quando o Espírito veio sobre os discípulos no dia de pentecostes foi como fogo, e fogo produz luz! A luz branca na natureza não é pura, ela é a união de todas as cores. As cores são a diversidade de pessoas que em Cristo se tornam luz branca. Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”; (Mateus 5:14 RC). Nós somos luminares menores que refletem a luz maior, Cristo, em nós o mundo vê Deus.
VI – De costas para a luz
“ Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12 RC). Quando estamos de frente para a luz nossas sombras ficam atrás de nós como para lembrar-nos que se sairmos da luz, as trevas nos encobrirão, Jesus afirma que os seus não andarão nas trevas. Se alguém está de costas para a luz, está de frente para a sua sombra. Está próximo da luz, mas tem seus olhos nas trevas, se não estiver na luz será encoberto pelas trevas e não mais terá a luz da vida.
VII - Luz na criação
“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz. E houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas”.(Gênesis 1:2-4 RC). A terra era sem forma e vazia então Deus ordenou que houvesse luz e a terra deixou de ser informe, a entrada da luz foi o inicio de um processo que culminou com a perfeição, nas palavras de Deus, a terra “era boa”. Quando a luz de Deus penetra em um ser humano inicia-se uma transformação que o levará à perfeição: “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”, (Efésios 4:13-15 RC). A luz inicia o processo re-criativo de Deus em nós, essa recriação tornará o ser humano renovado espiritualmente à semelhança do modelo perfeito: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro”.(1 João 3:2-3 RC). Seremos semelhantes a Ele. “E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial”.(1 Coríntios 15:49 RC). Uma nova humanidade perfeita e não mais sujeita às trevas, Deus separará definitivamente luz de trevas.
VIII – Dia perfeito
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”.(Provérbios 4:18 RC). Quando um dia é perfeito? Meio-dia, quando o sol está a pino. Se colocarmos uma fonte de luz sobre um objeto sua sombra ficará exatamente embaixo dele, logo há uma parte maior desse objeto exposta à luz. Quanto maior for a parte de nossas vidas exposta a Deus tanto menor será a quantidade de trevas em nós. Entretanto, essa exposição é progressiva, o cristão vai se aperfeiçoando. Não pode estagnar, porque essa progressividade é dinâmica, isto é, não pode parar, se não cresce, decresce. Em determinado estágio começamos a refletir essa luz de Deus para outras pessoas: “E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai (e Moisés trazia as duas tábuas do Testemunho em sua mão, quando desceu do monte), Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que o SENHOR falara com ele”.(Êxodo 34:29 RC). O rosto de Moisés resplandecia, não com um brilho próprio, mas refletia a glória de Deus. Quando andamos na luz de Deus temos convicção de nossas fraquezas, pois estamos diante da verdadeira perfeição, deixamos o orgulho, pois vermo-nos como realmente somos.
Enoque andou trezentos anos com Deus. Ele viveu antes do Dilúvio, uma época de extrema degradação do ser-humano, porém permaneceu fiel a Deus, brilhou mais e mais até que se tornou “dia perfeito”, depois disso “Deus para si o tomou” Gn 5:24b. Enoque é o tipo da igreja arrebatada e é também o modelo do homem que mergulha em Deus, do cristão que se entrega totalmente e anda com o Altíssimo, daquele que suspira por Deus: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?” (Salmos 42:1-2 RA). A luz nos traz a convicção de que nossas reais necessidades não são as bênçãos de Deus e sim o próprio Deus! “ Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não foi achado, porque Deus o trasladara, visto como, antes da sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a Deus.” (Hebreus 11:5 RC). Enoque mergulhou totalmente em Deus.
Paulo também chegou a dia perfeito, em suas cartas podemos acompanhar o processo. Em 57 a.D. escrevendo aos Coríntios, ele afirmou: “Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus”.(1 Coríntios 15:9 RC). Em 62 a.D. escrevendo aos efésios disse: “A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo” (Efésios 3:8 RC). Um ano depois, escrevendo ao seu filho na fé, Timóteo, ele completou: “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”.(1 Timóteo 1:15 RC). Paulo começou afirmando ser o menor apóstolo, logo estava dizendo ser o menor de todos os santos e por fim o maior de todos os pecadores, Paulo diminuiu, Cristo cresceu. Em 64 a.D. ele despedia-se de Timóteo: “Combati o bom combate...” cheguei a dia perfeito.
IX – Conclusão
Deus é luz, Jesus é a verdadeira luz, nós somos luz, nossas obras humanas são luz, deve haver luz em nossos olhos, a palavra de Deus é luz, a Jerusalém celestial não necessita de fonte de luz alguma, pois é plena da luz de Deus. Trevas não existem como matéria separada, elas são apenas ausência de luz, se houver luz em nós não existirão trevas. Temos que ter luz, que ser luz e que andar na luz! “... se andarmos na luz, como ele na luz está...”.
Shalom!
Esclarecimento:
O texto que segue não pretende ser uma análise teológica da palavra “luz” e seus usos (teológicos) na escritura, antes tem mais o caráter de pregação livre fazendo comparações entre os fenômenos ligados à luz e os aspectos semelhantes encontrados na vida cristã. Sua intenção também não é alegorizar demais a Bíblia, acreditamos e seguimos o quanto for possível a literalidade do texto bíblico.
I - Introdução: Deus é luz.
“E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado”.(1 João 1:5-7 RC). Deus é luz, puríssima luz, andar em trevas é andar longe de Deus. Quem está em trevas não pode estar em comunhão com Deus. “Se andarmos na luz”, colocar-se na luz é colocar-se a descoberto, é ser visto como se é. Na penumbra as coisas são informes aos olhos, as cores não existem, estar em trevas é estar oculto, e porque se manter oculto? Para que as deformidades não sejam vistas. Essas deformidades são os estigmas do pecado. O pecado é uma terrível doença contraída por nossos pais no Éden. A cura se processa em dois estágios: no primeiro estágio o doente se coloca na luz ou permite que a luz seja lançada sobre ele, os estigmas ficam evidentes e podem ser tratados, o segundo estágio é hemoterápico, isto é tratado pelo sangue, “o sangue de Jesus... nos purifica de todo pecado”. Logo, a exigência de Deus para que sejamos por Ele perdoados é andar na luz. A salvação é pela fé no sacrifício de Jesus, porém se a pessoa não aceitar essa mensagem e confessar-se pecador não alcança este perdão e a conseqüente salvação. O ato da salvação começa com o reconhecimento do pecador da sua própria condição através da ação do Espírito Santo em seu interior.
II - Luz e comunhão
Andar na luz traz salvação e produz comunhão, “se andarmos na luz... temos comunhão uns com os outros”, João não diz “teremos” ele diz “temos”, o processo (da comunhão e da salvação) é imediato. E o que é comunhão? Comunhão é “comum união”, união comum, união entre comuns, entre iguais. Nessa igualdade em comum o indivíduo some, só a luz maior permanece. “É necessário que ele cresça e que eu diminua”.(João 3:30 RC). Nesse processo de cura “Ele cresce e eu diminuo”, um novo ente é gerado em mim: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.(Gálatas 2:20 RA). E qual é o papel do filho de Deus nesse processo de cura? “Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo”, (João 1:9 RC). A “luz verdadeira” encobre qualquer outra luz. Porque as estrelas (além do sol é claro) não podem ser vistas de dia? Porque o sol está mais próximo de nós e a sua luz torna as luzes das estrelas invisíveis para nossos olhos. O sol é uma estrela de tamanho médio, não é a maior das estrelas, há outras maiores, porém aos nossos olhos é a maior das luzes. Quando estamos na luz de Deus nós sumimos, só ela aparece. As pessoas unem-se àquelas que têm algo em comum, os Cristãos têm algo em comum, eles estão na luz. O que faz a comunhão? A igualdade. Na luz não há maior ou menor, só a luz é notória, todos são iguais.
III - Arco-íris sagrado
Na decomposição da luz surge o arco-íris. Ele é o sinal da aliança de Deus com Noé. Jesus, ao ser batizado por João Batista no rio Jordão teve o Espírito Santo pousado sobre si em forma de uma pomba , sinal de pureza. A luz mais comum é branca. Quando o Espírito veio sobre os discípulos no dia de pentecostes foi como fogo, e fogo produz luz! A luz branca na natureza não é pura, ela é a união de todas as cores. As cores são a diversidade de pessoas que em Cristo se tornam luz branca. Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”; (Mateus 5:14 RC). Nós somos luminares menores que refletem a luz maior, Cristo, em nós o mundo vê Deus.
VI – De costas para a luz
“ Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12 RC). Quando estamos de frente para a luz nossas sombras ficam atrás de nós como para lembrar-nos que se sairmos da luz, as trevas nos encobrirão, Jesus afirma que os seus não andarão nas trevas. Se alguém está de costas para a luz, está de frente para a sua sombra. Está próximo da luz, mas tem seus olhos nas trevas, se não estiver na luz será encoberto pelas trevas e não mais terá a luz da vida.
VII - Luz na criação
“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz. E houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas”.(Gênesis 1:2-4 RC). A terra era sem forma e vazia então Deus ordenou que houvesse luz e a terra deixou de ser informe, a entrada da luz foi o inicio de um processo que culminou com a perfeição, nas palavras de Deus, a terra “era boa”. Quando a luz de Deus penetra em um ser humano inicia-se uma transformação que o levará à perfeição: “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”, (Efésios 4:13-15 RC). A luz inicia o processo re-criativo de Deus em nós, essa recriação tornará o ser humano renovado espiritualmente à semelhança do modelo perfeito: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro”.(1 João 3:2-3 RC). Seremos semelhantes a Ele. “E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial”.(1 Coríntios 15:49 RC). Uma nova humanidade perfeita e não mais sujeita às trevas, Deus separará definitivamente luz de trevas.
VIII – Dia perfeito
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”.(Provérbios 4:18 RC). Quando um dia é perfeito? Meio-dia, quando o sol está a pino. Se colocarmos uma fonte de luz sobre um objeto sua sombra ficará exatamente embaixo dele, logo há uma parte maior desse objeto exposta à luz. Quanto maior for a parte de nossas vidas exposta a Deus tanto menor será a quantidade de trevas em nós. Entretanto, essa exposição é progressiva, o cristão vai se aperfeiçoando. Não pode estagnar, porque essa progressividade é dinâmica, isto é, não pode parar, se não cresce, decresce. Em determinado estágio começamos a refletir essa luz de Deus para outras pessoas: “E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai (e Moisés trazia as duas tábuas do Testemunho em sua mão, quando desceu do monte), Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que o SENHOR falara com ele”.(Êxodo 34:29 RC). O rosto de Moisés resplandecia, não com um brilho próprio, mas refletia a glória de Deus. Quando andamos na luz de Deus temos convicção de nossas fraquezas, pois estamos diante da verdadeira perfeição, deixamos o orgulho, pois vermo-nos como realmente somos.
Enoque andou trezentos anos com Deus. Ele viveu antes do Dilúvio, uma época de extrema degradação do ser-humano, porém permaneceu fiel a Deus, brilhou mais e mais até que se tornou “dia perfeito”, depois disso “Deus para si o tomou” Gn 5:24b. Enoque é o tipo da igreja arrebatada e é também o modelo do homem que mergulha em Deus, do cristão que se entrega totalmente e anda com o Altíssimo, daquele que suspira por Deus: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?” (Salmos 42:1-2 RA). A luz nos traz a convicção de que nossas reais necessidades não são as bênçãos de Deus e sim o próprio Deus! “ Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não foi achado, porque Deus o trasladara, visto como, antes da sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a Deus.” (Hebreus 11:5 RC). Enoque mergulhou totalmente em Deus.
Paulo também chegou a dia perfeito, em suas cartas podemos acompanhar o processo. Em 57 a.D. escrevendo aos Coríntios, ele afirmou: “Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus”.(1 Coríntios 15:9 RC). Em 62 a.D. escrevendo aos efésios disse: “A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo” (Efésios 3:8 RC). Um ano depois, escrevendo ao seu filho na fé, Timóteo, ele completou: “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”.(1 Timóteo 1:15 RC). Paulo começou afirmando ser o menor apóstolo, logo estava dizendo ser o menor de todos os santos e por fim o maior de todos os pecadores, Paulo diminuiu, Cristo cresceu. Em 64 a.D. ele despedia-se de Timóteo: “Combati o bom combate...” cheguei a dia perfeito.
IX – Conclusão
Deus é luz, Jesus é a verdadeira luz, nós somos luz, nossas obras humanas são luz, deve haver luz em nossos olhos, a palavra de Deus é luz, a Jerusalém celestial não necessita de fonte de luz alguma, pois é plena da luz de Deus. Trevas não existem como matéria separada, elas são apenas ausência de luz, se houver luz em nós não existirão trevas. Temos que ter luz, que ser luz e que andar na luz! “... se andarmos na luz, como ele na luz está...”.
Shalom!
Nenhum comentário:
Postar um comentário