quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Um Sonho

“OH! se fendesses os céus, e descesses! se os montes se escoassem diante da tua face!
Como quando o fogo inflama a lenha, e faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, assim as nações tremessem da tua presença!”
Isaías 64:1-2


Deitei-me e dormi e enquanto eu dormia...

As primeiras brisas anunciaram a chegada da primavera. As folhas secas que resistiram ao inverno foram levadas e em seu lugar os renovos apareceram. Já os campos se enchiam de flores adornadas pelos insetos que as fecundavam. Ah primavera! Estação da renovação, a noite fria já passou! Eis que tudo se fez novo!

Domingo de manhã. Um jovem caminha tranqüilamente pelas calçadas, estava cansado, sim, mas estava feliz, cheio, seu coração transbordava alegria. Nunca tivera uma noite tão feliz na presença do Senhor. Não acontecera nada fantástico, aparentemente tudo fora como sempre. Orações, louvores e meditação na palavra, sim, “Quando o fogo inflama a lenha”, tema comum nos meios pentecostais. Tema antigo, abordagem nova. Algo aconteceu naquela noite, existia uma “coisa” nova no ar.

Ainda estava um pouco frio apesar do coração quente. Um homem encolhido tremia a beira da calçada enrolado num pedaço de carpe. Passou, dez passos adiante foi tomado de uma resolução irresistível, o coração acelerou, ele deu meia volta. Parou em frente ao homem que se encolheu assustado. “Não temas”. Retirou sua jaqueta e deu-a ao mendigo. Deu alguns passos em direção ao local onde parava o ônibus que pegaria, voltou. Tinha apenas o suficiente para a passagem de volta para casa. Entrou em um comércio e comprou café e pão e os deu ao mendigo. O homem sorriu.

Ele ia cantando pela estrada, sorria a todos por quem passava. Como quando o fogo inflama a lenha. Como quando o fogo inflama a lenha! Nunca mais foi o mesmo.

Aquele Setembro não foi igual aos outros. Ninguém entendia o que estava acontecendo. “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi: aviva, ó Senhor, a tua obra, no meio dos anos, no meio dos anos a notifica: na ira, lembra-te da misericórdia”. Um movimento iniciou-se onde menos se esperava, de entre os jovens. Não havia jovem cristão que não tivesse sido influenciado. Sem mestre, sem líder aparente eles começaram a fazer coisas que seus pais nunca os tinham visto fazer. Eles se reuniam pelas casas e passavam horas em oração e adoração. Não havia entre eles ninguém necessitado e tudo lhes era comum. Trabalhavam com afinco e em suas congregações eram sempre humildes e submissos. Levavam sempre o conforto em Cristo aos que necessitavam. Uma constante consolação de amor era o que lhes dava forças.Não havia contenda ou vanglória e tudo era feito com humildade, cada um considerava o outro superior a si mesmo. Os mais sábios diziam “É Deus que opera neles, tanto o querer como o efetuar”.

Eram de várias denominações e de várias linhas, mas todos agiam de igual forma. E ninguém podia lhes acusar de fanatismo, pois eles eram sempre ponderados e estavam sempre preparados para responder, com mansidão e temor, a qualquer que vos pedir a razão da esperança que havia neles. Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; e a muitos deles entendimento em toda a visão e sonhos. “E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões.”

E eles eram os melhores alunos e os melhores funcionários onde trabalhavam. Não fundaram movimento algum e não havia líder entre eles, continuaram em tudo trabalhando em suas igrejas. E sempre a hora dos cultos traziam pessoas que encontravam pelas ruas. Entravam pelas bairros mais pobres levando alimentos e roupas. Estavam sempre ao lado dos que sofrem. Alguém deixava a vida num hospital e lá estava um deles segurando sua mão.

Amavam a escritura e viviam por ela. Nenhum deles fundou um novo sistema teológico, mas não havia pessoas tão preparadas nas escrituras. E se reconheciam pelas ruas mesmo sem nunca terem se visto. Todos sentiam que eram parte de algo universal. E muitos deles saíram pelo mundo. Não havia parte da terra que não sentisse sua influência. E experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões; Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra.

Depuseram suas armas e viveram o amor e o perdão. Em seus países muitos encheram as prisões por causa de seu pacifismo. E não havia povo que não os conhecesse. Davam sempre o seu testemunho e muitos o selaram com a própria vida. E até em suas congregações foram perseguidos. Muitos líderes diziam: “Vocês não tem a igreja para orar e cantar?” e eles sempre respondiam com o amor. Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos, e das criancinhas de peito, tiraste o perfeito louvor?

Amavam cordialmente uns aos outros, com amor fraternal, preferindo em honra uns aos outros.A ninguém deviam coisa alguma, a não ser o amor com que eles amavam uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. O amor é sofredor; é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade; não se ensoberbece;Não se porta com indecência; não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Não sabes, não ouviste, que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? não há esquadrinhação do seu entendimento.
Dá esforço ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.
Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos certamente cairão,
Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias: correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.

E entre eles era comum este dito “ Como purificará o mancebo o seu caminho? observando-o, conforme a tua palavra”.

Uns diziam que havia um grande exército marchando sobre a terra, eram os soldados da chuva serôdia. Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva será a sua saída, e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. PEDI ao Senhor chuva, no tempo da chuva serôdia; o Senhor, que faz os relâmpagos, lhes dará chuveiro de água e erva no campo a cada um.

O amor era sua bandeira e o perdão a sua lança. E nas praças se abraçavam. Seu amor não era fingido. Amor que derrubava todas as barreiras. Eram santos sem ser ascéticos e viviam o que pregavam.

Em Jerusalém um árabe eu um judeu se abraçaram e foram apedrejados juntos.
Eram em tudo conhecidos pelo amor!

PORTANTO, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual, também, para o que é dos outros.De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que, também, Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
Filipenses 2:1-11

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